ALGODÃO DO CARIRI! PORTEIRAS MOSTRA RESULTADOS APÓS 1 ANO DE INVESTIMENTO!


Há exatamente 1 ano Porteiras sediava seu primeiro encontro de produtores rurais para discutir a retomada da cultura do Algodão. E o que era visto com reservas por muitos, depois de um longo planejamento desencadeado pelo Governo Municipal em apoio aos agricultores, virou realidade, com resultados e lucros.

Naquele junho de 2019, o Dia de Campo contou com a presença representativa de diversos setores agrícolas e empresariais, reunindo numa propriedade rural do município a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa Técnica de Extensão Rural (Ematerce), Agência de Defesa Agropecuária (Adagri), Superintendência do Meio Ambiente do Ceará (Semace), instituições de crédito - que logo em seguida entrariam no custeio - e setores da imprensa. Não tardou e logo o cenário das lavouras locais ganharam  um tom branco, máquinas na roça, caminhões que se revezavam levando a produção. 

Passados os 12 meses, o que se vê hoje, mesmo diante das alterações climáticas, é um semblante de satisfação de quem fez a aposta certa. De acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, a comercialização algodoeira pode ser contabilizada pelos 18 produtores que investem no setor, atestando por suas próprias narrativas. O produtor Pedro Edmilson (Milson de Manezim) plantou 150 tarefas, das quais colheu, em 2019, 2.400 kg por hectare. Para este ano, a previsão é de manter a produção em 2.500 kg. Mais próximo da zona urbana, Zé Penha cultivou 27 tarefas do produto, e anima-se ao falar da venda em torno de R$ 2.10 o kg, além de estar gerando trabalho e renda em sua propriedade. Outro que fala com segurança é Naldo de Doge. Ele plantou cerca de 25 tarefas, que apesar de alertar para o alto volume de chuvas que faz a planta crescer e reduz o volume da produção, ainda sim fala num cenário bastante positivo.

O fato é que a entrada e saída de caminhões carregados do município em direção aos maiores centros industriais tem sido frequente, como no último sábado, dia 20 de junho, em que o maquinário de colheita esteve conferindo mais uma etapa em terras porteirenses. E para ilustrar as expectativas sobre mais produtividade nos próximos anos, cabe dizer que alguns experimentos realizados nos últimos três anos no Cariri, vêm apresentando resultados satisfatórios na retomada da produção de algodão de sequeiro. Em 2018, foram cultivados 30 hectares. Este ano, a área deve chegar a 1.400 hectares.

Brejo Santo, Milagres, Mauriti, Porteiras, Penaforte, Missão Velha, Crato, Potengi, Altaneira e Barbalha, no Cariri; Várzea Alegre, Iguatu e Acopiara, no Centro-Sul, estão no rol de municípios com produtores decididos a cultivar algodão de semente transgênica de alta qualidade.


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