A SOCIEDADE VIRTUAL DOS POETAS MÓRBIDOS!
Nós não estamos em Guerra. Evite falar neste tom para não aterrorizar ainda mais as pessoas e virar linguagem bélica uma campanha humanitária. Nós não estamos de férias. Seus filhos precisam entender que não é hora para diversão nem para viajar. Ninguém vai entrar em depressão. Acreditar nessa hipótese só vai piorar as coisas. Ninguém vai precisar ir pras igrejas pedir proteção a Deus, porque estão todas fechadas. Afinal, onde estamos mesmo?
Eu olho a TV e vejo várias teorias, suposições, orientações, dúvidas que esbarram na mesma palavra: Coronavírus. E nem adianta fazer piada com a marca da cerveja com sotaque mexicano, Corona, porque daqui a pouco podem baixar uma lei específica apontando Bullying com doença. Eu prometo não mais fazer o trocadilho que fiz, sugerindo que ninguém me 'Covid' para beber, isso seria uma ofensa e provocação ao vírus que merece mais respeito do que nossa existência.
Vamos trocar de canal! Os chineses, enfim, conseguiram frear a progressão da infecção e os olhos do mundo se voltam ao exemplo da campanha, com muito rigor e educação oriental. Ora, mas não era com a China que fazíamos piada eletrônica? O 'Sonho Americano' ainda é o objeto de desejo de todos os brasileiros, pois o trânsito continua livre entre as pessoas dos dois países, principalmente dos que querem vir de lá para cá. Ah, se não fosse Donald Trump e sua obsessão pelo poder, chamando para si as luzes da campanha, em um país de primeiro mundo que não consegue barrar o Coronavírus. Pelo menos aqui no Brasil o nosso presidente não se vangloria nem fala bobagem nas entrevistas.
O que será que nos aguarda pelos próximos dias? Será que o comércio resistirá sem abastecimento após o fechamento das fronteiras? E como será que os hospitais reagirão às demandas urgentes de uma doença que pouco se conhece? Parece que a solução é esperar, não há outra ideia melhor para entendermos que não há Guerra, Férias nem motivo para pânico.
Agora, finalmente eu sei quem somos: uma sociedade virtual. Entendo também onde estamos, pois estamos em 2020, por enquanto, um ano em que não estivemos em lugar nenhum.
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