VAI COM DEUS, AMIGO!

"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos". Essa frase de Victor Hugo, que volta e meia eu utilizo em momentos angustiantes, resume o momento que a todos nós atingiu com a perda de um grande amigo.

A morte de Zé Filho (neto de Cícero André), nosso eterno 'Negão' que nos lançou em profundo pesar nesta tarde, depois de meses lutando contra um problema de saúde que o venceu, desmonta alguns preceitos que desde criança aprendemos, entre eles, que "Deus escreve correto por linhas tortas". Qual a escrita correta capaz de nos induzir à dor? Não adianta questionar a vontade do Pai, mas a tristeza reside, e agora só nos resta guardar os melhores momentos que esse bom sujeito nos proporcionou.

Conversávamos sobre tudo que compõe o contexto social, e sempre me impressionou sua lucidez, apesar de muito jovem, para debater política, um assunto por si só delicado. Mas sempre foi sóbrio. Dois temas concluíam os seus preferidos: Marco Túlio (filho) e o Flamengo. 

Das tardes de futebol, ficará aquela imagem cômica de um 'atleta' questionador:
- Professor, o que eu fiz, professor?
Lá estava Zé, com as mãos para trás a berrar contra a arbitragem, pois era de costume aprontar das suas peripécias. Tinha um sorriso fácil e sincero.

A todos os parentes, em especial sua mãe Ângela Amaro e seu tio Antônio Carlos, de quem tenho mais aproximação, meus sinceros votos de solidariedade e conforto. 

E quanto a você, 'Zé Love' (eu o apelidei assim desde que Vagner jogou pelo Flamengo), espero que esteja num bom lugar, que Deus, de quem dificilmente entenderemos os planos,  se prepare para ouvir seus questionamentos intermináveis. 

Saudades, amigo!

Luis Carlos Coutinho.



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