ADEUS, BRAVO! VOCÊ NOS ENSINOU A AMAR NOSSAS RAÍZES!


Uma voz se cala na tribuna, um exemplo de vida e luta que ecoa na história do Cariri. A partida de Wellington Landim é, para todos aqueles que tiveram a chance de conhecê-lo, uma perda sem precedentes, impossível de ser medida com exatidão.

Um homem que se doou ao máximo pela região, e naturalmente indicando sua terra natal como pólo estratégico dos investimentos, fez surgir no Cariri Leste colunas de desenvolvimento que pouco a pouco elevaram a autoestima das cidades que circundam Brejo Santo: Porteiras, Mauriti, Milagres, Penaforte, Jati, Abaiara, enfim, um só bloco fortalecido pela coragem de um homem.

Desde cedo eu aprendi que ninguém é obrigado a amar, nem venerar ninguém, insígnias que devemos transferir a Deus, mas o dever de respeitar é universal, e ainda que em nossa mente repouse a distensão ideológica, que nos faça guardar reservas para destacar um semelhante, digo que Wellington Landim foi um bravo, como se manifestou em 2002, ao desafiar o sistema Tasso Jereissati no Governo do Estado, e carregando sobre os ombros a insatisfação de dezenas de outros colegas deputados que não tiveram a mesma vocação para 'brigar', abriu fissuras flagrantes na estrutura mandatária estadual que lhe renderam, entre outras coisas, a alcunha de 'O Homem que peitou Tasso'.


O filho de Brejo Santo percorreu uma travessia política como deputado por 21 anos, entre 1994 a 2015, sendo presidente da Assembléia Legislativa por duas vezes, elegendo um irmão Wider Landim, prefeito de sua terra natal, sua esposa Gislaine Landim, e depois seu próprio filho Guilherme, a quem deixou o cetro oficial e um grande fardo de seguir defendendo os interesses da região, uma região cada vez mais exigente, em parte pelo que ele mesmo se propôs, como uma Companhia de Polícia Militar, uma Delegacia de Polícia Civil, uma Coordenadoria Regional de Educação, uma Célula Regional de Saúde, duas extensões universitárias, sendo uma da UFC - Universidade Federal do Ceará, e outra da UECE - Universidade Estadual do Ceará, um moderníssimo Parque de Eventos e Exposições, uma Policlina Regional de Saúde, um Centro de Referência em Especialidades Odontológicas, um Hospital Geral, um imenso canteiro de obras federais para dar sustentação a centenas de famílias, e por último, uma  unidade própria Universidade Federal do Cariri.

Não há como negar os feitos de Wellington Landim, assim como não se pode ignorar sua brilhante carreira, com apenas 59 anos de vida. Talvez, por isso, Deus o tenha requisitado tão brevemente, de forma silenciosa e sem dor física pra ele, pois um homem que tinha para si as condições básicas de vida, como Saúde, por ser da área, segurança pessoal, conforto, morre justo por uma bactéria.


Obrigado por tudo, Wellington! O Cariri tem orgulho de você!



Luis Carlos Coutinho.



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