"BRASIL: AME-O OU DEIXE-O!"
O governo federal vai cortar gastos na ordem de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões para os próximos passos de investimento no setor público. As regras do FGTS mudaram, diminuindo os direitos do trabalhador ao final de suas contribuições. O Financiamento Estudantil (FIES) foi suspenso por tempo indeterminado, estraçalhando sonhos de quem galgou chegar à faculdade. E você deve estar se perguntando: "o que eu tenho a ver com isso?". Nada, para quem efetivamente crê nas loterias, ou tem alguma fortuna de herança pra receber.
Mas como eu costumo dizer, repetidamente, nada está tão ruim que não possa piorar neste país de tantos impostos, de tanta violência desmedida e neo batizado de 'nação do pânico', pelo amontoado de problemas que ainda devemos enfrentar. Os protestos deliberados contra o governo Dilma não fazem nem cócegas, perto da crise que muitos insistem em não acreditar.
Chegou a era do caos, uma nova realidade que bate à porta, e para ilustrar alguns percalços que o leitor, desavisadamente reluta, vamos ao futebol, maior paixão nacional. Há no Brasil um clube de futebol que passou a vida inteira de auto-glorificando de ser o mais estruturado, o mais proeminente do ponto de vista financeiro. Pois bem, esse é o São Paulo Futebol Clube de 2015, pegando jogadores emprestados dos arque-inimigos e devendo, pela primeira vez na histórica moderna, dois meses de salários aos funcionários. O Sporting Club Corinthians não respira ares menores, e já acumula em maio 10 meses de vencimentos aos atletas, incluindo salários e direitos de imagem. Não é necessário falar do abatido futebol do Rio de Janeiro e suas mazelas guardadas por décadas, apenas lembrar que o Clube de Regatas Flamengo veio jogar em Juazeiro do Norte e o público foi um verdadeiro fiasco: 3 mil pagantes.
Alguém ai lembra dos sucessivos escândalos da Petrobrás? Vamos lá. Empreiteiras famosas como Odebretch, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, enfim, algumas de staffs multinacionais, estão atoladas em escândalos financeiros, e há quem diga em vias de falência, se por uma rara lucidez a lei realmente vigorar neste país. Senhoras e senhores, preparem o coração, porque vem aí o 'caso BNDES', nem é o título do novo escândalo ainda, mas me arrisquei a criar uma manchete para definir a bomba de estilhaço que, segundo os órgãos de imprensa que não foram agraciados com as benesses do banco, já anunciam como sete vezes mais letal do que o sismo Petrobrás.
Fies, Futebol, Petrobrás, BNDES, e você volta se indagar o que tem a ver com isso... Nada. Mas você tem ido ao comércio de Porteiras, Brejo Santo, Juazeiro com frequência e observado o movimento? Claro que não, não tem movimento! E sobre o corte do orçamento federal, ainda se pode insistir que isso só afeta Brasília, que só afeta a classe política. Então, tudo bem, esperemos quando se apertar ainda mais as demissões nas grande obras federais, estaduais, quando os municípios não conseguirem sequer pagar seu funcionalismo... Realmente ninguém tem nada a ver com isso, porque eu mesmo só quero ver o próximo capítulo dessa novela.
Luis Carlos Coutinho
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