TÃO SIMPLES COMO A MINHA SAUDADE
Por Luis Carlos Coutinho
Às vezes bate aquela vontade de voltar pra você, correr pros seus braços que um dia acalentaram minha doce inocência e me davam o conforto necessário nas horas em que me via só. Deitar à tua sombra, relembrar sua simplicidade e sentir um pouco mais desse calor sincero que me deste um dia. Mas meu destino não quis assim, me empurrou pra outros braços, me jogou à própria sorte, a perambular pelo mundo, sem guarida e sem descanso, até que estacionei em outro recanto.
Estou só outra vez. Perdi a essência de ser parte de ti, me vi obrigado a confessar outro amor, mesmo de coração partido, e hoje sinto meus pés doloridos, minhas costas ardentes, meu fôlego mais curto e minha mente mais cansada, porque esse mundo é cruel demais para um filho sem pátria, para um homem que luta por justiça e o máximo que alcança é a indiferença de quem um dia o hospedou por vontade, hoje cobra condomínio por avareza. Foste pai e mãe ao mesmo tempo, comparando-se com minha adoção que hoje me acolhe e me acalma.
Estou só outra vez. Perdi a essência de ser parte de ti, me vi obrigado a confessar outro amor, mesmo de coração partido, e hoje sinto meus pés doloridos, minhas costas ardentes, meu fôlego mais curto e minha mente mais cansada, porque esse mundo é cruel demais para um filho sem pátria, para um homem que luta por justiça e o máximo que alcança é a indiferença de quem um dia o hospedou por vontade, hoje cobra condomínio por avareza. Foste pai e mãe ao mesmo tempo, comparando-se com minha adoção que hoje me acolhe e me acalma.
São 11 anos de separação, pelo visto serão mais 20, 50 ou um século, ou talvez nunca mais nos veremos como antes, mesmo que fisicamente estando, mas sem o teu calor que já não me pertence mais. Tudo longe de ti é estranho: os olhares que rodeiam, os juizos que aplicam, o oxigênio é diferente. Baixio de uma vasta solidão, de uma avassaladora saudade, não sei se do sofrimento da infância, das paixões inventadas só pra ver o tempo passar ou quem sabe da singeleza que tanto fazia bem.
Quando bater aquela vontade de voltar, volte...!! Se a saudade existe é por que foi bom, e o que é bom sempre vale a pena voltar ao tempo nem que seja só em pensamento.
ResponderExcluirNão necessariamente 'voltar', esse termo nao ultilizei como projeto de vida, nao por enquanto, apenas falei o que Baixio representa em minha vida, com seus bons e dificeis momentos. O regresso está condicionado ao tempo e o tempo é o senhor das decisões, apenas não posso deixar de exaltar minha simples origem, embora tendo Porteiras como uma casa que aprendi a amar e que hoje tenho mais identificação do que com a própria Baixio.
ResponderExcluirAbraços!
OI LUIS CARLOS CONPARTILHO COM VOCÊ DESTA MESMA SAUDADE, JA SE PASSARAM DOZE ANOS QUE DEIXEI BAIXIO,MAS ELA CONTINUA DENTRO DE MIM, AFINAL COMO ESQUECER POS É LA QUE ESTAO NOSSAS RAIZES. NAZARÉ
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