TRIBUTO AO MAIOR JORNALISTA ESPORTIVO QUE CONHECI

Por Luis Carlos Coutinho
Calou-se uma voz, eternizou-se uma memória. Traído por um coração que parou de funcionar, justo um coração que nunca teve medida, nunca abrigou qualquer sentimento que não fosse o amor: amor pela profissão, amor pelo rádio e pelo semelhante. 
Jantar em João Pessoa, 27 Dezembro 2007
A madrugada desta segunda-feira (28/11/11), 15 dias após comemorar mais um ano de uma vitoriosa vida, BENTO SOARES nos deixou. Jornalista, um dos mais conceituados de João Pessoa-PB, escritor e tesoureiro da Associação Paraibana de Cronistas Esportivos, filho de Porteiras de coração, como ele mesmo sempre revelou, após aqui ter residido em meados dos anos 50, foi encontrado morto esta manha em sua casa, no bairro Manaíra, capital paraibana, deixando a todos transtornados e sem palavras.
 
Em Porteiras, Bento cultivou e zelou por amizades indeléveis, como a de Sr. Hugo, a quem ele chamava de 'segundo pai', e fui testemunha de sua gratidão, quando, no meu retorno de uma viagem a João Pessoa, em dezembro de 2007, me pedira pra dar um beijo na cabeça prateada de 'seu' Hugo, como extensão de sua vontade, além de incontáveis amigos, como Chico de Isa, Arnou Pinheiro e Chico Cinézio de Brejo Santo, e modestamente a minha pessoa, honraria de que sempre me orgulharei, depois de ter recebido de suas mãos o livro Vendo o Jogo Pelo Rádio, por ele escrito e lançado no Programa do Jô Soares, da TV Globo, em 2006, por sua recepção e cicerone pelas ruas, praias e meio jornalistico de João Pessoa, mas sobretudo pela sua amizade e respeito a mim, um principiante, perto de quem aprendi a admirar. Bento ainda sonhava voltar um dia pra passar umas 'temporadas' em Porteiras. Quis Deus que ele fosse morar num lugar melhor.
Obrigado, velho BENTO! Sentirei falta de nossas conversas sobre o futebol, sobre o meu Flamengo e seu imortal Botafogo, de nossos e-mails compartilhados, e acima de tudo de seus exemplos de profissional honrado. 

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