LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE?



 Por Luis Carlos Coutinho
O olhar docente que se apresenta se fundamenta numa clássica frase de NIETZSCHE: Quem combate monstruosidades deve cuidar para que não se torne um monstro. E se você olhar longamente para um abismo, o abismo também olha para dentro de você. Essa definição de abertura foi extraída de um documento, publicado originalmente no Boletim da Universidade Candido Mendes e condiz com a minha linha de raciocínio sobre os fatos ocorridos, de forma cada vez mais brusca e autoritária, nascidas no Ocidente. Concordei tanto com o exposto que não me vi em outra condição, a não ser recortá-la para iniciar minhas reflexões sobre figuras tão sórdidas e tenebrosas que o mundo criou, leia-se: Saddam Hussein, Osama Bin Laden e finalmente Muammar Kadhaffi.
Nomes distantes do nosso vocabulário português, mas tão presentes em nosso cotidiano, como o próprio calor do sol tropical que nos persegue. Déspotas, tiranos, vilões, caudilhos ou quaisquer adjetivos que os valham, mas humanos em suma. Embestiados ou não, endemoniados ou não. Humanos, e como tais foram seus atos, por desumanos que sejam não tiveram julgamento das comunidades que os permitiram emergirem, apenas o braço pesado do ‘Gigante do Norte’, com seus ‘Falcões’, suas velhas estratégias de suborno e negociatas incríveis que, maculadas pelo luxo e ostentação da ‘Terra Prometida’ dos latinos, conseguiu engolir as mentes do mundo para a farsa de liderança mundial, propagadora da Democracia, da liberdade e da paz. Não é à toa que derrubaram as Torres Gêmeas com aviões, uma força desproporcional menos forte que o ódio árabe.  Mas o que parece sugerir esse relato? Que o Iraque, o Paquistão e a Líbia eram apaixonados pelos seus ‘trapos’ governantes que, numa semântica inspiração soavam como Divindade? Quer este modesto autor transformar em anjos do bem essas víboras que tantas vidas devoraram? Não. Longe disso. Apenas repúdio ao modo rápido, mórbido e saliente com que os Estados Unidos comandam as nações. Como se numa Roma antiga, se apossando de territórios aonde sua vista alcançar.

Finais macabros e bizarros: Saddam morreu na forca; Bin Laden foi fuzilado, depois de um suborno milionário e jogado aos tubarões, sem o mísero direito de ser velado pelos seus afins; Kadhaffi foi caçado e morto como um rato. Sua imagem de homem vencido e banalizado estampa páginas de jornais, e não tardará estar em peças publicitárias, pois o capitalismo vive disso. São imagens tão fortes que se duvida poderem ser exibidas de outro ser humano comum.  Homens cruéis e impiedosos estão mortos. Mas quem afinal matou? Quem serão os próximos dessa lista do eixo terrorista, assim batizada pelos EUA que, a exemplo da própria Líbia, quando resolveu liberar petróleo ao ‘império’, em 2005, foi generosamente tirada deste mapa? Não se debate aqui o julgo desses homens, pois certamente nada mais que o mal eles propagaram, mas a precedência do direito internacional. Que estatuto garante aos ‘puritanos’ legislar de acordo com suas próprias vontades? Será que, com o passar dos tempos, com o volume de dominação sobre o resto do mundo, os americanos não me caçariam e matariam, simplesmente por discordar de sua política? Não quero mais estar vivo para provar!

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