NADA MAIS QUE UM CANUDO DE PAPEL


Agência Brasil
Um em cada cinco estudantes brasileiros do ensino fundamental está atrasado na escola. No ensino médio, pelo menos três em cada dez alunos também estão nessa situação. É o que mostram os dados do Censo Escolar 2010 sobre as taxas de distorção idade-série. O indicador mede a proporção de alunos que não está matriculada na série indicada à faixa etária. Pela legislação que organiza a oferta de ensino no país, a criança deve ingressar aos 6 anos no 1° ano do ensino fundamental e concluir a etapa aos 14. Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o jovem deve estar matriculado no ensino médio. De 2008 a 2010, o percentual de alunos fora da série adequada para a idade registrou leve alta. Em 2008, a taxa era 22,1% no ensino fundamental, passou para 23,3% em 2009 e para 23,6% em 2010. No ensino médio, o percentual era de 33,7% em 2008, foi para 34,4% em 2009 e chegou a 34,5% no ano passado.
Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, essa estagnação é resultado do arrefecimento da política de progressão continuada. Muitas redes de ensino que tinham como orientação a não reprovação dos alunos nos primeiros anos do ensino fundamental mudaram essas diretrizes. “Isso provocou uma manutenção da reprovação, quando ela é grande causa a distorção idade-série. Hoje já se pensa em políticas de correção de fluxo e de aprendizagem sem usar a reprovação, como o reforço escolar”, explica. Apesar da estabilidade na taxa de distorção da idade-série nos últimos anos, Maria do Pilar destaca que na última década a redução do índice foi maior: entre 2001 e 2011 essa diferença caiu 16 pontos percentuais no ensino médio e 19 pontos percentuais no ensino médio. Ela acredita que a taxa deve continuar a cair e aponta que o patamar adequado seria entre 3% e 4%.


COMENTÁRIOS DE LUIS CARLOS
É duro, mas é real. Dia desses fiquei indignado quando soube que uma profissional de nivel superior estava trabalhando num departamento público totalmente fora de sua área de formação e fui interpelar com o chefe do setor, para saber o porquê daquilo que julgava 'injusto". Ele prontamente, numa postura ética, me apresentou 3 relatórios que essa profissional havia produzido e todos recusados pelo Estado. Erros grotescos, inocentes de português e matemática que até não vou citar pra não envergonhar mais ainda. Tem muita gente hoje entrando e saindo em faculdades preocupados com o dinheiro que vai ganhar e esquecendo da 'qualidade' do que de fato aprendem. Jovens, jovens! O mercado é violento!

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