QUEM VAI FREAR ESSA BRINCADEIRA?


Cenas bastantecomuns.
Por Luis Carlos Coutinho
Jovens mutilados,   pais de familia inválidos à mercê de auxílios previdenciários, crianças órfãs, sistema de saúde pública superlotado de pedidos por cirurgias, calhamaços de processos na justiça à espera de julgamento, prejuizos e dor. É o trágico saldo dos acidentes envolvendo motocicletas no Brasil e a moda é seguida em Porteiras de maneira impressionante.
Eles empinam as máquinas em vias públicas, fazem 'pega' nas avenidas, invadem rampas de acesso que, por lei, seriam garantidas aos portadores de necessidades especiais, estacionam em  portas de garagem, atravessados na rua, colocam várias vidas em risco por conta de toscas aventuras. São menores e maiores de idade, bem-nascidos ou inotáveis, sóbrios ou ébrios de descompromisso com a vida. Tem até filhos de pessoas influentes envolvidos nos descasos. A cada fim de semana um fato novo para chocar a sociedade é registrado, chegando inclusive a desafiar a policia, por conta das limitações da lei em punir menores de idade. O que dizem os pais? 
Virou rotina no Brasil
Na estrada que liga a sede ao distrito do Simão, o maior foco das atenções. Já há relatos em que veículos escolares foram impedidos de passarem por causa de disputas dentre motoqueiros na pista em horário de pico. Acidentes são constantes, boa parte sem sequer ser notificado oficialmmente por 'acobertamento' de parentes. Na cidade os flagrantes são visiveis a qualquer hora do dia. Em setores de maior intensidade como Avenida Maria Gonçalves Dantas, Rua Sgto. Cicero Dantas (Taboca), Princesa Isabel e Guilherme Couto, um detalhe chama a atenção: não dá um minuto de intervalo da passagem de uma moto pra outra em alta velocidade. Num relato desesperado de uma aposentada moradora da Taboca um apelo "meu filho, tem dia que fico esperando alguém me levar até à pracinha  pra fazer caminhada (Praça do Bairro) com medo de morrer atropelada" confessou M.A.T à nossa reportagem. Juventude sem freios!
O preço costuma ser a vida.
Soluções
O meio mais prático para tal descontrole seria, em tese, a  criação de uma autarquia de trânsito, mas o caminho jurídico ainda precisa ser construido, haja vista que tem poucos dias da aprovação do Plano Diretor Participativo, plataforma que dispõe de instrumentos legais, colhidos junto à comunidade em um longo debate local sobre as prioridades de governo, entre elas o Demutran. Outra atitude necessária antes de qualquer legislação é a participação da familia nessas questões. É preciso que o diálogo exista, caso contrário teremos de esperar um pouco mais para atravessarmos uma rua sem o perigo de sermos atropelados pela força da imbecilidade. 

UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA? EDUCAÇÃO? JUSTIÇA? FAMILIA? ENQUANTO SE BUSCA UM RESPONSÁVEL, VIDAS ESTÃO EM JOGO. 

PARA ACIONAR OS ÓRGÃOS PÚBLICOS DE PORTEIRAS
Prefeitura Municipal (88) 3357 1230 - 3557 1253 - 3557 1242
Câmara Municipal (88) 3557 1237
Policia Militar (88) 3557 1176 ou 190
Conselho Tutelar (88) 3557 1674
Tribunal de Justiça (88) 3557 1281


Texto: Luis Carlos Coutinho
Fotos: Ilustrativas de reprodução (não correspondem originalmente ao casos narrados)





Comentários

  1. Enquanto medidas drásticas não forem tomadas muitas mortes continuarão acontecendo. Os jovens parecem esquecer muito rápido que seus amigos morreram por imprudência sobre duas rodas e fazem sem pudor sem medo o que não devem. Precisa-se de pulso firme nas decisões quanto a este quadro. Aumentar a fiscalização e aplicar penas para os pais de menores que estejam guiando é uma boa saída.

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  2. Luiz, vejo que voce tem feito um trabalho muito relevante sobre Porteiras e nao me entenda mal mas acho que seria uma boa opção para a politica de Porteiras que andam tão complicada ultimamente. Obg,

    Marcia Solidõnio

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