ÁGUAS PASSADAS?


Por Luis Carlos – 16/10/10
Moradores de Porteiras estão na bronca com um problema inimaginável há pouco tempo atrás: falta d'água. Uma região privilegiada por sua localização geográfica, na encosta da Chapada do Araripe com suas invejáveis fontes históricas agora vive um novo desafio de fazer a tradição, ou pelo menos levá-la à prática. Recentemente estão sendo comuns as panes no sistema de bombeamento na cidade, fato que tem sido observado pela constante presença de equipes de trabalho da concessionária Cagece por aqui, sempre com paliativos para amenizar o problema, diante da falta de uma solução definitiva.
Explicações da empresa? Bomba hidráulica queimando, sistema elétrico incompatível com a capacidade motora, falta de peças de reposição no mercado... Justificativas não faltam, só falta água!  Nos primeiros dias do mês de outubro, na véspera das eleições do dia 03, o povo teve que se dividir nas múltiplas tarefas de se organizar pra votar e pra arranjar água nos poços e cacimbas da região. Incrível é imaginar que a sede do município tem mais de 5 mil usuários/contribuintes da concessionária, levando em consideração o percentual de arrecadação desse universo de pessoas com os órgãos públicos, que gira em torno de R$ 4 mil por mês, estima-se que um equipamento bomba reclamado pela sociedade fica em torno de R$ 8 mil, ou seja, se uma máquina dessas quebrasse a cada 02 meses (estatística impossível) a empresa ainda sairia lucrando ao comprar uma nova para cada defeituosa. Lamentável!  E para agravar ainda mais a situação, a reclamação agora é com a 'qualidade' da água fornecida. Em alguns setores da cidade moradores acusam a Cagece de distribuir água de péssima condição para o consumo humano, barrenta e incrivelmente com a presença de componentes nocivos à saúde.
Em contato com o escritório local obtivemos a confirmação de que, em pelo menos dois trechos, ruas Sargento Cícero Dantas e Princesa Isabel a tubulação de esgotamento sanitário foi atingida por ações de reparos da empresa e ocasionou um tipo de cruzamento hídrico, em outras palavras, encontro das águas, e isso conseqüentemente trouxe sérios problemas ao consumo humano.
Ao saber do ocorrido, a Secretaria Municipal de Obras, órgão da administração municipal, adotou as providências de engenharia lógica para desvincular esse contato, fato que foi observado, mas por vários dias o povo saiu do sério. E com razão! A pergunta que não quer calar é: Será que de hoje em diante a Cagece vai melhorar o atendimento ou apenas o discurso?

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